"Eu quero um pacto com a simplicidade. Limpar os desejos ocultos. Eu quero ser analfabeta das miudezas, dos disse-que-disse. Meus bolsos, meus bolsos se desfazem das pedras de uma vida inteira carregadas pro vôo das jóias."

Maísa Picasso

9.4.08

As flores que ainda não vejo são maiores que todas...
Os dias de ausência já foram dar lugar as férias.
Mas não se engane. Não é tempo de meninices ou margaridas coloridinhas.
Continuam ali, no mesmo lugar,
tudo que eu sempre fui, tudo que sempre é meu.
Todas as conquistas, os chamamentos, a vida que pulsa na esquina...
As flores que ainda não vejo são maiores que todas.
Meus passos são curtos, mas firmes.
Não vôo como pensei, nem mesmo corro.
Só caminho e por vezes até me arrasto, minha marcha é firme.
Ainda não me enxergo, mas também não há reflexo.
Não pousam borboletas, mas minha vista já começa a alcançar
O que me espera por onde vou, os braços que vão comigo.
Não existe saudade e tudo é novo.
Meu olhar é de despedida e de primeira vez.
Que para onde vou há esperança e o velho que ainda sou.

2 comentários:

Pablo Carvalho disse...

Nossa velhice, nosso reencontro, nosso ir e vir de vidas e vidas. Mãos velhas, aconchego de eras, mãos dadas para sempre e sempre. Te amo, minha pequena.

Lidiane disse...

Ow, coisa mais linda vocês dois.
Torço tanto...