Os dias de ausência já foram dar lugar as férias.
Mas não se engane. Não é tempo de meninices ou margaridas coloridinhas.
Continuam ali, no mesmo lugar,
tudo que eu sempre fui, tudo que sempre é meu.
Todas as conquistas, os chamamentos, a vida que pulsa na esquina...
As flores que ainda não vejo são maiores que todas.
Meus passos são curtos, mas firmes.
Não vôo como pensei, nem mesmo corro.
Só caminho e por vezes até me arrasto, minha marcha é firme.
Ainda não me enxergo, mas também não há reflexo.
Não pousam borboletas, mas minha vista já começa a alcançar
O que me espera por onde vou, os braços que vão comigo.
Não existe saudade e tudo é novo.
Meu olhar é de despedida e de primeira vez.
Que para onde vou há esperança e o velho que ainda sou.
2 comentários:
Nossa velhice, nosso reencontro, nosso ir e vir de vidas e vidas. Mãos velhas, aconchego de eras, mãos dadas para sempre e sempre. Te amo, minha pequena.
Ow, coisa mais linda vocês dois.
Torço tanto...
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