"Eu quero um pacto com a simplicidade. Limpar os desejos ocultos. Eu quero ser analfabeta das miudezas, dos disse-que-disse. Meus bolsos, meus bolsos se desfazem das pedras de uma vida inteira carregadas pro vôo das jóias."

Maísa Picasso

2.12.11

Até.

Sabe quando você sente que pode? É isso. Eu sinto. De lá de tão fundo, de lá onde não se pode esconder eu sinto que melhores dias virão. Não porque novas coisas vão chegar. Não é isso. É porque dentro de mim eu sinto uma força imensa, um brilho, uma conquista, sabe? Pode ser que seja sabedoria, pode ser que chamem de evolução, mas falta um passo. E eu nem tou mais me importando com os pequenos dias, com o que é preciso ser feito, com o ainda. Nada. Parece que eu tiro de letra ou adianto o dia em câmera lenta. Mas o lá longe eu vejo e sou eu ainda melhor. Eu só apuro a vista e vejo, não o ainda, mas o Até.

Um comentário:

Pablo Carvalho disse...

eu também vejo, meu amor, o Até construído no Durante, o Até nascido do Agora, do Por Enquanto, uma certeza tão funda que é como se pisássemos nossas próprias pegadas vindas do futuro. Trilhando o caminho que já fizemos em sonhos, e que existe em nossa realidade, transformando, eu e você, no que sabemos que já somos. Juntos.