"Eu quero um pacto com a simplicidade. Limpar os desejos ocultos. Eu quero ser analfabeta das miudezas, dos disse-que-disse. Meus bolsos, meus bolsos se desfazem das pedras de uma vida inteira carregadas pro vôo das jóias."

Maísa Picasso

2.6.07

Caminho de casa.

Se me perguntar de onde venho, de que lugar fantástico
ou sombrio é minha origem te respondo que
é de lá, de lá de tão fundo, de lá que eu vou.
Respiro. De toda força de quem empurra.
De todo azul de mim.
Respiro e minha bagagem é de olhos fechados.
Declaro por todos os fins que a loucura deva ser singular companhia e o riso vem fácil no café-da-manhã. E tantos absurdos apequenam-se brinquedos nas mãos.
Me assisto enquanto vou e ainda assim não me dou mapa, que um caminho mais marcado mais perdido, e minha marcha são as asas que se vão assopradas carregando caminho inteiro consigo.
Então é fácil sempre estar em casa. Dois pulos. Meia-volta.
Piruetas. Caretas. Em casa.
Se me duvidares, como de costume, corto limites, limítrofes, linhas e contornos de nós dois. E se quanto mais eu ando para mais longe vou que te importa? Que te importa se meus agrados são todos meus e nada se compara ao meu balanço?
Minha diplomacia é inteira para comigo. E eu mais me gosto e me sou. E vou me parar bem longe. Encho os olhos de vista que tudo é tão lindo de não parar de ver ou de doer de doença grave. Respiro em casa e tudo é meu.

3 comentários:

#robson barboza# disse...

o pior de vc só fica para quem não quiser o seu melhor. beijo.")

Anônimo disse...

A ousadia move o Mundo!


abraços, flores, estrelas...

Anônimo disse...

E tem mais: a ozadia enche ele de gente!