"Eu quero um pacto com a simplicidade. Limpar os desejos ocultos. Eu quero ser analfabeta das miudezas, dos disse-que-disse. Meus bolsos, meus bolsos se desfazem das pedras de uma vida inteira carregadas pro vôo das jóias."

Maísa Picasso

25.10.06



Me leve pra longe daqui.
pra qualquer lugar.
onde eu possa talvez brincar
com meu próprios pesadelos
e colorir um céu somente pra mim.

Me leve pra bem longe,
pra Pasárgada, quem sabe?
Onde as pedras no meio do caminho
só estão nos atalhos
e eu posso sorrir algodão-doce.

Me deixe ir longe,
tão longe, assaltar imaginação
e descer o monte verde vivo,
ouvindo tchaikovsky,
feito camponesa de fios ao vento
e um cachorro branco latindo aos meus pés.

Me leve pra vida,
pro mundo, pra uma aquarela,
um pássaro voando,céu de diamantes.
Uma criança, um livro, um sossego.
Uma fé, um artigo.

Me leve lá pra onde moro,
onde possa raptar a felicidade
e escondê-la onde te sinto e você me descobre.

5 comentários:

Pablo Carvalho disse...

Eu levo. Deixa só eu encontrar o rumo.

Pablo Carvalho disse...

Dia lindo, quando eu posso te ajudar a ver a poesia que você mesma esconde...

Tudo disse...

vou prá lá também, rindo ... prá este céu de redemoinho!
;-)
bjs!

Tudo disse...

Mai*
o infinito é onde as delícias podem ser reencontradas, revividas e prolongadas .... rs, acho.
;-)
beijo

Amanda Julieta disse...

Vamos, quem sabe?,
de olhos fechados,
levadas pela brisa
e pelo silêncio
de sopro em sopro,
de verso em verso
pra terra perfeita,
plena,
única.
a terra de nós,
de si para si mesma.
é lá, é lá
que se tem liberdade,
tamanha liberdade.
é na terra de nós...

Cheiro de luz!