Hoje estou para lá de piegas :) enchendo o peito de felicidade, mas não daquelas tão eufóricas que fogem ao controle. Não daquelas que sinalizam a quilômetros de distância "vem alguém feliz aí".

Feliz de um jeito calado.

Quando eu costumava dar aula ou palestra espírita (sim! eu fui palestrante espírita, mas isso é para oooooutro dia), bom, quando fazia isso, eu gostava de dizer que, quando alguém tinha aquelas feridas bem doloridas, tipo furúnculo, sabia quando é que esse tipo de ferida danada de ruim doía mais. Elas sempre doem quando estão próximas de estourar, de curar.

Essa metáfora vagabunda e escatológica (eca!) é valiosa horrores.

Quantos sonhos da gente não escorrem pelas nossas mãos e como ficamos abatidos? Quantas vezes as coisas pioram de um jeito inimaginável? Eu vi minha vida mudar muito nesses últimos anos. Parecia que tudo que tinha sonhado tinha sido sonho de menina, conto de verão, trilha de filme. Nada realizava. Eu batalhava e as coisas não aconteciam. Quando aprendi que determinação, que força de vontade não é tudo. Existe um tempo certo para as coisas. E quando pensei que nada disso seria mais possível recebi de presente vários dos meus sonhos antigos acontecendo. Bem depois da tempestade. Bem depois da ferida ter doído tanto. Bem quando abandonei a decisão do ego de controlar tudo. Então é isso. Bem-vinda, vida nova.

*** Se tiver passando fase parecidinha assim, não esquece: depois da fase de doer mais é que vem o prêmio. ;)