Tem coisa mais chata de pegar busu depois de ir ao cartório? Pois comigo foi assim. Saltitante como a gente fica quando está de férias, fui ao NAJ, na Baixa dos Sapateiros, e depois engrossei a fila dos que esperam, esperam e esperam pacientemente um ônibus ao meio-dia de uma quinta-feira. Nisso chega uma mulher falando pelos cotovelos. Minha filha, cuidado com a bolsa. Ó paí ó, você pensa? Tá pedindo dinheiro é pra usar droga. É por isso que eu falo pra minha filha, estude, estude, não fique de safadeza com homem. Olhe pra essa meninada! Não quer nada, nada....Terêrê terêrê.
Certa feita, arrediada, falei do tempo. Falar do tempo é a sacada. Se tocou ela? Nada. Acendeu um cigarro, tragou, soprou e meteu: por isso que eu mandei meu homem ir embora há muito tempo. Eu a essa altura, já estava borboleteando, de olho num crepe de queijo da barraca da frente. E ela: mas você pensa? (abre a bolsa). Pensa que o ordinário queria ir? Queria nada (abre a bolsa de novo). Eu comendo crepe: a senhora quer uma ajudinha aí? Queria nada. Nem me ouviu e terêrê terêrê.
Mas Deus é testemunha que eu vou ser ainda feliz nessa vida. E tá faltando o que?, eu disse. O que do quê? Ta faltando o que para ser feliz? Ah, minha filha,(suspiro) ta faltando encontrar um companheiro... Omodeus, dava meu crepe todinho pra ela se não tivesse acabado. Botava no colo e passava talquinho. Ela só queria, só queria o que ela tanto reclamava.
2 comentários:
omodeuso, você dá leveza aos meus dias. Dentro e fora da net.
Suuuper união de almas,kkkk.
Pelo blog vc vai descobrir q tb sou mestre vivenciar trabalhadas em buzú, fila, blablabla whiskas sachet
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