
Nas investidas da vida, certas vezes, temos a impressão de que viver é ato exímio de caminhar sob águas.Dado a tantos desacertos e investidas. Mas é aí mesmo, apesar dessa figura simbólica tão complexa que é o mar, aí mesmo, bem rente à calmarias e ondas gigantes, travessias e velas, que decido aportar: bem no centro, em alto mar.
Desde os tempos que iniciam tudo, desde as mitologias e cânticos dos homens,
que o símbolo aqui lembrado é descrito, narrado e cantado, seja em épicos, dramas e liras.
Pode-se dizer do mar instabilidade, que é imprevisível.
Pode-se narrar seu lado destruidor .
Ou ainda ver o materno, já que conduz à vida.
Conta-se no senso-comum que o mar é ainda destino e fim de águas correntes e vivas.
Aqui, eu o relembro em todos estas arestas cíclicas : travessia, princípio e fim.Que é o mesmo da vida em todos os sentidos, da beleza à dor em idênticas proporções .Que é o mesmo do amor. Que é o mesmo da conquista de si próprio.
E bem no meio-dia, nas metades: um eixo. Um centro. Um si-mesmo, um self.
É o meu porto: bem Em alto mar.
Mai*
Um comentário:
Ma, e, somos filhas do mar.
Das águas.
Do mundo.
Coloridas de verdes e azuis.
Beijos
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